sábado, 28 de agosto de 2010
Buenos Aries
Ezeiza
Sobre asas de aço voei
Aonde somente com olhos fechados se chega.
Queria paz, descobri que a paz é encontrar um sorriso tranqüilo e uma verdade pura de se contar.
Chegando lá, fui rebatido pelo instinto, e com os olhos vivos observei a coragem dos jovens.
A paz morre dentro do homem e fica a esperança de se abraçar por abraçar.
Prédios históricos afastam as historias de ontem com as de hoje, refugiando o homem ao querer.
Em um cruzamento singelo contrastava o asfalto cinzento meio azulado com o grafite no muro.
Ao fundo, um musico lúdico disputava espaço com os sons dos carros que expeliam fumaça.
E eu em apego, desapegando chorando por dentro, ao mesmo contagiado por tudo, ia vivendo aos poucos e aos poucos ia morrendo.
Deu à hora de vir embora.
Gritos
Já não vejo alem dos meus olhos
O bombardeio de informações
Estas matando meus instintos
A sensibilidade grita por exílio
Tento fugir deste mundo
Descubro que não fujo de mim mesmo
Como fugir, sem me esquecer ?
Meu grito de socorro, não chega ao vigésimo andar
E aqui em baixo existe tanta alma perdida, que difícil fica me ajudar.
Talvez a única alternativa que aquela senhora encontrou, foi colocar seus filhos no farol.
Hum vendendo bala, outro limpando vidro e o ultimo fazendo malabarismo
E quem sou para condenar
Se condenado segundo Satre na nasci
O que faço para ajudar?
Percebo que peço mais que agradeço, reclamo mais do que sou grato.
Meu grito de socorro é opaco
Percorre os tuneis do metro, mas se perde no corredor do meu preconceito.
Meu grito de socorro não chega ao vigésimo andar.
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