domingo, 29 de novembro de 2009

A puta que pariu na Rua Joaquina.

A puta que pariu,
Nasceu na Rua Joaquina,
Num país chamado Brasil.

A puta que pariu uma criança,
Em meio à rua escura,
Chamou a cria de Esperança.

A puta nao queria parir,
Sendo ela ainda puta,
Mas no fim veio a sorrir.

*O pai sumiu em meio às fumaças,
Perdida não sabia onde estava,
Só restou por fim a madrugada e suas desgracas.

A puta que pariu, deu ao mundo uma menina,
Que crescendo aprendeu a escrever,
Logo começou a falar da vida.

Um dia a puta chamada Maria partiu,
E no inferno contestou o diabo,
Hei Você!, Chifrudo!, não viu?

Que mesmo a puta estando morta,
Que mesmo o mundo girando,
Era a Esperança que agora era torta.

O diabo então respondeu:
-Não fui eu que ti criei puta,
Sua geração agora e com DEUS!

A esperança paga o preço que quer,
por ser opaca e utópica,
Vai viver como quiser.

Seguindo a mãe, será meretriz,
Seguindo o Pai,
um fujão infeliz.

Eu só posso agradecer,
Por você estar aqui,
E hoje esta me dando prazer.

*A puta que pariu ali na Rua Joaquina, chamada Maria,
Veio então a chorar,
Pois a esperança no fim se tornou uma vadia.

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