Canto dos flagelados
Meus sonhos começam a parti do momento que começo amar. O dia não é mais o mesmo, sempre vejo o sorriso dos seres serem borrados pela desigualdade, mais tento não ver este contraste desumano que rodeia minha existência, vejo a áfrica como palco do espetáculo do esquecimento, meus irmãos vão morrendo pela falta de amor dos seus vizinhos laterais. E assim está nação canta o seu hino do horror.
Corta-me em milhões de parte e mande as nações confusas com a fome, vestidas de vermelho sangue. Brindam meu corpo sobre os corvos e festejam com os urubus; Dancem a musica do flagelo, nos dias de trevas, onde a injustiça seduz o menino de cicatriz negra. Mandem-me rosas pretas para enfeitar o cortiço de um metro habitado pelos filhos da áfrica, já nossos rituais não têm mais cor, foram silenciados pelo príncipe do mal. Não chore povos distantes, pois sua realidade não faz parte da nossa, mesmo morando em um mesmo mundo.
Estados Unidos da América, querido Tio Sam, mandem uma bomba aqui, pois com os corpos do dia seguinte, pode nos alimentar, aproveitem seu desejo de guerra, e nos alimente com o sangue de nossos irmãos. Já não somos mais nação, somos sós pessoas esquecidos a própria sorte, moldando um livro para uma faculdade ou um manual de sobrevivência que os ingleses nunca vão precisar usar.
Rainha venha no verão passar suas férias aqui, caçando menininhos magros pela mata, ou quem sabe só venha aqui para tirar marfins de nossos elefantes, ou fazer um documentário ecológico que mostre toda nossa fauna animal, mais não faça como os outros, esquecendo de mostrar que vivemos também como animais. O sol se põe sobre o continente ao som tribatico, entre panelas vazias e uma batucada que sincroniza com o barulho do estomago vazio, num desenho arqueológico de um menininho desnutrido abatido faminto falido pela incompreensão dos nossos vizinhos, continuamos nossa sobrevivência, enquanto o mundo faz guerra à mãe áfrica pede socorro!
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