O maior capricho é grotesco aos olhos dos cegos, dizem que veêm, mas só enxergam o que sua vaidade lhes diz.
Doravante me faço inútil neste momento, pois quem julga pelo próprio julgamento é ignorante, pois o outro se constrói a partir de seu próprio olhar. No fim todo julgamento isolado no conceito individual é injusto, porquanto, a justiça é construída no coletivo.
Junta-se conceitos de varias óticas e cria-se uma só conduta, mas ainda acreditando ser justo produz injustiça, pois pesado é o fardo que é jogado sobre as vidas que não lhes pertence.
Achando praticar justiça se faz juiz, mas este quem o é? Se não aquele que julga “ser” sobre o “Ser”, produzindo cadeias mais não estas de concreto e aço, cadeias internas. Por sua vez aqueles presos em cadeias externas, estão presos pelas suas consciências. Destarte nós, estando “livre”, ainda sim somos presos, e produtores de cadeias internas.
Acreditando ser justo, publicamos editais, onde salta aos olhos conceitos da constituição. Pedindo paz, respeito, igualdade vamos as ruas, clamando em branda voz o direito humano, mas ainda assassinamos com a caneta, de norte ao sul do globo terrestre. Comendo os morrinhosos bezerrinhos criados em caixa, torcendo a galinha, cuspindo nos mendigos, matando crianças africanas,jorrando agua pela calçada desperdiçamos a energia vital.
Somos seres consumidores das dores para se ter afano, alento, conforto, mas em justa medida julgamos o nosso não julgamento, desviando verbas, falando educadamente, matamos Jesus, o judaísmo, o budismo, o hinduísmo, as religiões em nome da ciência que nos mata, nos esfria, nos cega diante do conhecimento, pois conhecemos para não conhecer a ética humana a moral natural, conhecemos para julgar o não julgamento de nós mesmos.
Somos apenas humanos. Humanos morrendo.
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