segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Poesias recentes

As forças do mistério

As forças vêm de lá
De onde não posse ver
Mas tendo olhar
Para poder sentir o que é o saber
Querendo como todos ter poder.
Então tento contemplar.

Vejo o horizonte no fundo
Como uma paisagem celeste
É esta a fotografia do mundo
A roupagem pura que ele veste
Sou menino diante do profundo
Inocente e culpado de tudo.

Filho no Filho
Querendo a presença do Pai
Jovenzinho que busca seu ninho.
A chuva cristalina agora cai
Neste verde caminho
Sinto a presença e não me sinto mais sozinho.

Sentido

Aos poucos se vê o que é
E vendo vai se esquecendo
Pois ainda é pouco o tempo
Para se sentir em pé

Muitos caem sem aprender andar
Andando vão falando
Sobre como é estar amando
Mas mesmo assim ainda não sabem amar.

Aos poucos vai se reconhecendo
Ao passo que falta compreensão
Pois como é confuso o tal chamado coração
E assim vai se esquecendo.

Muitos se deixam nas estradas
Poucos apreciam por detrás das cortinas
Vivem a mercê das internas brigas
São tantos poucos que ainda sabem dar risadas.

E assim segue o grande mistério.
De não ser, e não saber.
De existir e não perceber.
Jogam as possibilidades para o presépio.

Tentamos dar sentido
Quando na verdade tudo é simples
É como fazer uma salada de Picles.
Ou só comer o que se é vendido.

E assim viver, iludido.


7° dia

Meus passos me levam para casa
Como alguém distraído
Vou olhando para o nada
É assim que me sinto vivo.

As rosas refrescam minha mente
Os ventos sopram no sentido contrario
Sinto-me contente.

Poucas coisas me fazem feliz
Um sorriso inocente
A professora e o giz
Apenas o degustar do sorvete

Muitos precisam de pouco
Poucos necessitam de muito
E talvez seja por isso que me chamam de louco.

Apreciar orquídeas, ou por namorar o caminho.
A liberdade é a ausência da prisão do consumo.
Não se perder com os vinhos.
Quero estar em conformidade com o mundo.

Meus passos me levam para casa
Vou ao encontro do meu Pai, quero conhece-lo.
Pois foi ele que me deu asas.
Demorou cinquenta anos para no começo do fim eu poder vê-lo.

Meus passos me levam para casa.

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