As forças vêm de lá
De onde não posse ver
Mas tendo olhar
Para poder sentir o que é o saber
Querendo como todos ter poder.
Então tento contemplar.
Vejo o horizonte no fundo
Como uma paisagem celeste
É esta a fotografia do mundo
A roupagem pura que ele veste
Sou menino diante do profundo
Inocente e culpado de tudo.
Filho no Filho
Querendo a presença do Pai
Jovenzinho que busca seu ninho.
A chuva cristalina agora cai
Neste verde caminho
Sinto a presença e não me sinto mais sozinho.
Sentido
Aos poucos se vê o que é
E vendo vai se esquecendo
Pois ainda é pouco o tempo
Para se sentir em pé
Muitos caem sem aprender andar
Andando vão falando
Sobre como é estar amando
Mas mesmo assim ainda não sabem amar.
Aos poucos vai se reconhecendo
Ao passo que falta compreensão
Pois como é confuso o tal chamado coração
E assim vai se esquecendo.
Muitos se deixam nas estradas
Poucos apreciam por detrás das cortinas
Vivem a mercê das internas brigas
São tantos poucos que ainda sabem dar risadas.
E assim segue o grande mistério.
De não ser, e não saber.
De existir e não perceber.
Jogam as possibilidades para o presépio.
Tentamos dar sentido
Quando na verdade tudo é simples
É como fazer uma salada de Picles.
Ou só comer o que se é vendido.
E assim viver, iludido.
7° dia
Meus passos me levam para casa
Como alguém distraído
Vou olhando para o nada
É assim que me sinto vivo.
As rosas refrescam minha mente
Os ventos sopram no sentido contrario
Sinto-me contente.
Poucas coisas me fazem feliz
Um sorriso inocente
A professora e o giz
Apenas o degustar do sorvete
Muitos precisam de pouco
Poucos necessitam de muito
E talvez seja por isso que me chamam de louco.
Apreciar orquídeas, ou por namorar o caminho.
A liberdade é a ausência da prisão do consumo.
Não se perder com os vinhos.
Quero estar em conformidade com o mundo.
Meus passos me levam para casa
Vou ao encontro do meu Pai, quero conhece-lo.
Pois foi ele que me deu asas.
Demorou cinquenta anos para no começo do fim eu poder vê-lo.
Meus passos me levam para casa.
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