
É fútil o meu andar,
Meu vestir, meu falar
Se não tiver destino certo onde meus passos posam descansar
São mortas minhas palavras
Se de vida não falar
Se na soberba escala, E as falhas não são mostradas
Incerto o certo Quando de longeFicas perto
O erro de acordar Se o dia não contemplar
É fraco e manco
O sorriso iludido Do discurso fútil Que a si visa entoar
Pobre o pobre nobre
Que sofre, pois, Da matéria fez seu forte
Que no fim as lagrimas colhe
E deposita num ilusório cofre
No fim, o fim é fútil
Se não houver esperança;Se a tradição da infância
No termino do ser, não houver relevância
Fútil é a ganância, pois se nada leva
O que “foi”, um dia vai “ser”, mas no fim só sobra “era”
Pobre foi a Eva
Condenada milhões de anos
Coagida num plano ilógico Assim condenaram Eva,
A nova era do erro que dela era.
Portanto é trágico o ser fútil
O lúdico é fútil
Quando o púlpito é sujoPela ordem que forje a morte
Da puritana consciência
Pela falta de consistência
Torna-se fútil toda a existência
Pois mataram nossa essência .